Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos


O Exemplo de Catolé do Rocha

          A contribuição de Sabiniano Maia a Mamanguape, Guarabira e Campina Grande foi a de ter sido um bom prefeito, um edil culto, dinâmico e de uma inteligência administrativa incontida. Segundo Hélio Zenaide, em 18/07/1973, no O Norte, “a imagem de Sabiano Maia era a de um homem que fazia o dinheiro público render, transformar-se em obras e serviços de interesse coletivo.” Mas, seu grande contributo aos itabaianenses foi o de ter escrito “Itabaiana, Sua História – Suas Memórias, 1500 – 1975”, cuja reedição, segundo Margareth Bandeira, está a caminho. Sabiniano se dedicou à pesquisa dos fatos, das coisas e das pessoas, e tudo registrou para a memória que vai além das suas obras de prefeito.

         Catolé do Rocha dá exemplo de como ensinar a história da sua terra sertaneja; um seleto grupo de “filhos naturais e adotivos” planejou escrever, distribuindo, conforme o talento e a competência de cada um, assuntos que se tornaram excelentes textos: Edna Maria Ribeiro de Medeiros; José de Oliveira Costa; Ricardo Antônio Rosado Maia; Natércia Suassuna Dutra Pereira Lima; Josafá de Oliveira Costa; Adriana Serafim de Lima; Maria de Lourdes Barreto de Oliveira; Maria Sedy Marques; Severino Pereira da Silva; Francisco Muniz de Medeiros (Frei Marcelino); Paulo Barbosa de Almeida; Rita de Cássia de Alves Ramalho; Ana Lúcia Gomes de Melo; Analúcia de Oliveira Costa Santiago; Luiz Francisco Gonçalves de Andrade; Sebastião de Oliveira Costa; José Tarcísio Fernandes; José de Lima Soares; Espedito Vieira de Figueiredo; e Ubiratan Cortez Costa; todos esses capítulos introduzidos pelo artista Chico César e prefaciados pelo ministro Antônio Herman Benjamin.

         As cidades, como nós, nascem , crescem, têm vida e realizam a história das suas casas, das ruas, das pontes, das árvores,  dos primeiros roçados, da criatividade e da  cultura,  dos romances  dos quais  surgiram proles e costumes.  Mas poucas possuem história escrita para passá-la às atuais e futuras gerações. Nelas, há quem ignore quem foi, de onde veio o avô dos seus pais; o que fizeram em vida; e, sobretudo, como se construiu a comunidade e seus valores, herdados por seus pais e, enfim, por sua cidade.  Catolé do Rocha se orgulha da sua história no livro “Catolé do Rocha em muitas lentes”, libertando-se da ignorância degenerativa que seria a de ignorar a própria história que explica, de cada catoleense, em todos os sentidos, a consciência e a identidade pessoal e cidadã. 

Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 23/05/2013
Alterado em 23/05/2013


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