Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos


   Energizando a cultura
 
          Empresa cuida apenas da sua produção; se produz alimento, trata de carne, arroz ou feijão; se distribui energia, cuida da rede elétrica para fornecer luz e não nos deixar no escuro; também força para mover motores, não  deixando paradas coisas e pessoas... A Energisa não se limita a isso, ao demonstrar eficiência na distribuição de energia, revela-se a empresa que mais contribui com a cultura, retocando a face da rigidez tecnológica para retratá-la humana, cultural, com a beleza das artes. Essa dedicação à cultura, entre nós, deve-se muito ao Presidente Marcelo Silveira da Rocha, homem de sentimento, culto, cultor das artes e incentivador dos artistas. Basta saber que propiciou quase cem exposições de artes plásticas nos corredores da Empresa e na Usina Cultural da Energisa; revelou-nos vocações artísticas; apoiou eventos de várias modalidades da arte, haja a vista a sétima arte, com realizações do Cineport, ora acontecendo no vetusto casarão que abrigou a Estação Elétrica dos tempos idos...

          Ao assumir a presidência da Academia Paraibana de Letras, de tanto escutar os confrades dizerem que a Paraíba não homenageia à altura o poeta maior Augusto dos Anjos, decidi lutar para erigir, em corpo inteiro, a estátua de Augusto no frontal da APL. Ao pedir que o artista Jurandir Maciel iniciasse a obra, freado pela pobreza, encorajou-me e auxiliou-me Fernando Milanez Filho a recorrer a Marcelo Silveira que, de pronto, entusiasmou-nos ao feito da obra. Com certeza, Marcelo também se lembrou do bom trato que a Energisa dá ao poeta do “Eu”, em Leopoldina (MG) onde Augusto trabalhou como professor e diretor da Escola, viveu, morreu e lá jaz à visitação.

          Assim, a APL receberá da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, presidida pela querida Mônica Botelho, pelas mãos de Ivan Müller Botelho, filho de Ormeo sepultado ao lado de Augusto, também neto do médico que cuidou dos últimos meses de vida do poeta, e presidente do Conselho das Empresas Energisa, os recursos para a histórica estátua do imortal patrono Augusto dos Anjos na sua casa, a APL. Marcelo, mineiro, alçado a postos maiores da Empresa, despede-se com três poemas, manifestando admiração e carinho aos paraibanos: “Paraíba que aflui e flui/ na alegria da sua gente/ patrimônio de quem aqui nasce/ de quem aqui vive” (...) Parte, mas promete voltar. Ao agradecer o título de cidadão paraibano à Assembleia Legislativa, leu compromisso de “idas e vindas”: “Um dia eu volto/ quando não sei (...).

 
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 04/04/2014
Alterado em 05/04/2014


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