Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos



Mi Buenos Aires querido
 
          Antes de um plano, de um livro, de um poema ou de um tango, nasceu a cidade, num longo parto, conturbado por atropelos e lutas dos nativos contra os espanhóis que invadiram aquelas terras, pelas águas do Rio de la Plata. Cresceu a vila atravessando duas fundações e, já cidade, também o período colonial, o vice-reinado, a independência, a guerra civil, a proclamação e a histórica implantação da República. Durante a República, los queridos porteños não  sofreram tantas dificuldades socioeconômicas como, depois, os cruéis, sucessivos e violentos golpes políticos com suas prisões, torturas e falta de liberdade, o que, nos dias de hoje, parece ter se tornado vigilante antídoto, nas escolas, nas universidades e na cidadania, contra novas tentativas golpistas, características de fatais enfermidades da democracia na América Latina.
          Buenos Aires ostenta expressiva cultura. Tive o prazer de perceber isso, quando frequentei a belíssima Universidad de Buenos Aires (UBA), ladeada pela Floraris Generica, do arquiteto argentino Eduardo Catalana; a UBA é reconhecida como uma escola de professores, filósofos e jurisconsultos de renome; também compreendi isso nas vozes da rua, nas mesas dos restaurantes e bares, circundadas  por exaltadas opiniões sobre política, futebol, arte e assuntos literários; ou até, de surpresa, num táxi onde o motorista me esperava ouvindo uma ópera... Comparando a Argentina com países vizinhos, por lá, a educação muito se esforçou para dizimar o analfabetismo; e isso se indicava pela abundância de sortidas livrarias nas suas portentosas calles.
          O operoso Governo do Estado da Paraíba, de modo planejado, inaugura, com a empresa Gol, um voo internacional, que promete regularidade e conforto de viagem, entre essas lindas cidades: João Pessoa e Buenos Aires; e, conforme esperançosos bons resultados, duplicar ou triplicar esses voos. Hoje, primeiro de julho de 2017, sou um dos passageiros, a um seminário onde se cultivam ricas sementes, bosques de altivas árvores e prazerosos frutos. Assim João Pessoa deseja Buenos Aires: Mais perto do que distante, mais querido do que querido.
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 30/06/2017
Alterado em 30/06/2017


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